sábado, 19 de abril de 2008

Oi, Jesus, eu sou o Zé...


Cada dia, ao meio-dia, um pobre velho entrava na Igreja e poucos minutos depois, saía. Um dia, o sacristão lhe perguntou o que fazia (pois havia objetos de valor na Igreja).

-Venho rezar. Respondeu o velho.

-Mas é estranho, disse o sacristão, que você consiga rezar tão depressa.

Bem, retrucou o velho, eu não sei rezar aquelas orações compridas. Mas, todo dia, ao meio-dia, eu entro na Igreja e falo: “Oi, Jesus, eu sou o Zé, vim Te visitar”. Num minuto, já estou de saída. É só uma oraçãozinha, mas tenho certeza que Ele me ouve.

Alguns dias depois, o Zé sofreu um acidente e foi internado num hospital público e, na enfermaria, passou a exercer uma influência sobre todos: os doentes mais tristes tornaram-se alegres e muitas risadas passaram a serem ouvidas.

-Zé, disse-lhe um dia a Irmã que tomava conta do Hospital, os outros doentes dizem que você está sempre tão alegre...

-É verdade, Irmã. Estou sempre tão alegre! É por causa daquela visita que recebo todo dia. Me faz tão feliz...

A irmã ficou atônita. Já tinha notado que a cadeira encostada na cama do Zé estava sempre vazia. O Zé era um solitário, sem ninguém.

-Quem o visita? A que horas? Pergunta a irmã.

-Todos os dias, respondeu, com um brilho nos olhos. Todos os dias, ao meio dia, ELE vem ficar ao pé da cama. Quando olho para ELE, sorri e diz: “Oi Zé, eu sou Jesus, vim te visitar”.

(Autor desconhecido)

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