
Evidenciamos uma passagem de sua trajetória na Terra, pela singularidade e beleza dos fatos que a envolveram.
D. Dinis, o célebre rei lusitano, era homem muito severo, apesar de considerado bom governante, e detestava que sua esposa, Isabel, auxiliasse os pobres. Muitas vezes, saía ela às ocultas, levando esmolas e conselhos fraternais aos menos favorecidos pela sorte.
Um dia, porém, ao deixar o palácio, portando um cesto cheio de pães para a distribuição costumeira, foi tomada de sobressalto, pois viu surgir à sua frente D. Dinis, com seu séqüito de nobres ministros. Ao deparar com ela, perguntou, irritado:
Que levais aí, Senhora?
A bondosa rainha, trêmula de medo, pois compreendia as conseqüências que lhe adviriam de seu gesto, respondeu com uma desculpa impensada mesmo:
-Eu... Eu, Senhor... trago apenas um cesto de rosas...
Mas o monarca não acreditou, pois percebeu claramente a palidez de Isabel, e mandou que ela descobrisse aquele artefato de vime...
Qual não foi a surpresa de D. Dinis e da própria Isabel quando, ao ser erguido o manto que cobria os pães, ambos verificaram que eram rosas belíssimas a repletarem o cesto, com seu perfume...
Então, envergonhado, o soberano pediu desculpas à esposa, e Isabel sentiu a presença do Amor Divino, o qual, pelo seu merecimento, permitiu que os pães se transformassem em rosas...
E ficamos nós a imaginar os benefícios ocultos que envolvem todos aqueles que procuram trabalhar, sem outros interesses que não o de servir em nome do Cristo!
(Márcia Q. Silva Baccelli)
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