sábado, 19 de abril de 2008

Isabel de Aragão


Dentre os inúmeros vultos que se destacam em nossa história, registramos a figura de Isabel de Aragão, rainha de Portugal, pela nobreza de seu ideal de Caridade.

Evidenciamos uma passagem de sua trajetória na Terra, pela singularidade e beleza dos fatos que a envolveram.

D. Dinis, o célebre rei lusitano, era homem muito severo, apesar de considerado bom governante, e detestava que sua esposa, Isabel, auxiliasse os pobres. Muitas vezes, saía ela às ocultas, levando esmolas e conselhos fraternais aos menos favorecidos pela sorte.

Um dia, porém, ao deixar o palácio, portando um cesto cheio de pães para a distribuição costumeira, foi tomada de sobressalto, pois viu surgir à sua frente D. Dinis, com seu séqüito de nobres ministros. Ao deparar com ela, perguntou, irritado:

Que levais aí, Senhora?

A bondosa rainha, trêmula de medo, pois compreendia as conseqüências que lhe adviriam de seu gesto, respondeu com uma desculpa impensada mesmo:

-Eu... Eu, Senhor... trago apenas um cesto de rosas...

Mas o monarca não acreditou, pois percebeu claramente a palidez de Isabel, e mandou que ela descobrisse aquele artefato de vime...

Qual não foi a surpresa de D. Dinis e da própria Isabel quando, ao ser erguido o manto que cobria os pães, ambos verificaram que eram rosas belíssimas a repletarem o cesto, com seu perfume...

Então, envergonhado, o soberano pediu desculpas à esposa, e Isabel sentiu a presença do Amor Divino, o qual, pelo seu merecimento, permitiu que os pães se transformassem em rosas...

E ficamos nós a imaginar os benefícios ocultos que envolvem todos aqueles que procuram trabalhar, sem outros interesses que não o de servir em nome do Cristo!

(Márcia Q. Silva Baccelli)

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