domingo, 20 de abril de 2008

As Chaves para uma Auto-Estima Saudável

Manter-se livre interiormente

Para ter-se um bom procedimento diário é importantíssimo manter o nosso autodomínio, afastando-se dos costumes que induzam ao vício ou comportamentos nocivos. Afastarmo-nos destes dois erros é necessário no desenvolvimento de uma verdadeira auto-estima, prova disso é que várias pessoas, tendo praticado algum grave erro ou se entregado a um hábito vicioso, passam os melhores anos de sua vida buscando fugir da Justiça e de suas próprias consciências, ou na luta para se libertar do vício. Desta forma, vão ficando tão exaustas durante esse tempo que mesmo conseguindo libertarem-se das conseqüências negativas destes atos, sentem-se interiormente cansada, exaustas. Ao passo que, ao nos desviarmos do mal e nos apegando ao bem, nós preservamos a nossa tranqüilidade interior, aproveitamos bem o nosso tempo, resguardamos a saúde e até mesmo nossos bens materiais. Enfim, fazer o bem só faz bem!

• Analisar o passado

Ao fazer uma retrospectiva vida, notamos que existem alguns equívocos do passado podem ser reparados e outros não. Com essa conscientização, podemos corrigir o que pode ser corrigido, e aceitar o que não pode ser mudado, utilizando essa ocorrência como lição de vida, evitando outros erros semelhantes.

Simplicidade e força de vontade

Ao dizer que a simplicidade é valorosa, me referido à simplicidade que nasce com a nossa coragem e paz interior. É ela que permite aceitar-nos como somos, sem precisar ficar nos escondendo. É importante aprender a viver com os nossos defeitos físicos e mentais não corrigidos sem reclamações nem explicações, e um exemplo dessas virtudes é Hellen Keller. Ela nasceu em 27 de Junho de 1880 em Tuscumbia, Alabama, no seio de uma tradicional família sulista dos Estados Unidos. O pai, Capitão Arthur Keller, era prefeito de Alabama do Norte em 1885. A vida de Hellen Keller é a história de uma criança que aos dezoito meses de idade ficou cega e surda, devido a uma doença que foi diagnosticada naquela época como febre cerebral ( sendo provável que tenha sido escarlatina), e da sua luta árdua e vitoriosa para se integrar na sociedade, tornando-se além de célebre escritora, filósofa e conferencista, uma personagem famosa pelo trabalho incessante que desenvolveu para o bem estar das pessoas portadoras de deficiências.

Aos sete anos de idade, mais precisamente no dia 03 de Março de 1887, por indicação de Alexander Graham Bell, Anne Sullivan, uma professora de vinte e um anos, que havia estudado na Escola Perkins para Cegos (Perkins School for the Blind) pois quando criança tinha sido cega, ( recuperou a visão através de nove operações), foi morar em sua casa para ensiná-la, e desde então tornaram-se inseparáveis, até à morte da professora em 1936.

Com muito carinho, dedicação e perseverança, Anne Sullivan conseguiu ensinar à aluna os alfabetos Braille e manual. Sob a orientação de Anne, matriculou-se no Instituto Horace Mann para surdos de Boston e depois na Escola Wright-Humason Oral de Nova York. Aos dez anos de idade aprendeu a falar e disse: “Qualquer dia irei para uma faculdade” o que de facto aconteceu.

Em 1904 recebeu o seu diploma de bacharel em filosofia pela Universidade Radcliffe, onde no qüinquagésimo aniversário da sua graduação, recebeu o “Prémio Destaque a Aluno” além de dominar os idiomas francês, latim e alemão.

Recebeu diversos títulos e diplomas honorários das Universidades Temple e de Harward e das Universidades da Escócia (Glasgow), Alemanha (Berlim), Índia (Nova Delhi) e de Witwaterstrabd (Johannesburg, África do Sul) e entre os inúmeros prémios de grande distinção, em Junho de 1952 foi feita “Cavaleiro da Legião de Honra da França”. Foi condecorada em diversos países: no Brasil, “Ordem do Cruzeiro do Sul”; no Japão, “do Tesouro Sagrado”; Nas Filipinas, “do Coração de Ouro”; no Líbano, “Medalha de Ouro de Mérito”. Recebeu ainda o prémio “América para a União Inter-americana”; “Medalha de ouro do Instituto Nacional de Ciências Sociais”. Tornou-se membro honorário de sociedades científicas e organizações filantrópicas dos cinco continentes.

Em 1902 fez sua estreia na literatura escrevendo a sua autobiografia “A História da Minha Vida” e em seguida no jornalismo, com uma série de artigos no “Ladies Home Journal”. A partir daí não parou mais de escrever.

Escreveu inúmeros artigos para revistas e além da “História da Minha Vida”, escreveu vários livros entre os quais: “Optimismo - um ensaio”; “A Canção do Muro de Pedra”; “O Mundo em que Vivo”; “Lutando Contra as Trevas”; “A Minha Vida de Mulher”; “Paz no Crepúsculo”; “Dedicação de Uma Vida”; “A Porta Aberta”. Os seus livros foram transcritos em várias línguas.

Em 7 de Maio de 1954, o seu local de nascimento, Ivy Green, em Tuscumbia, foi transformado em museu permanente.

Juntamente com esse acontecimento, realizou-se também a première do filme biográfico de Helen Kellen: ”Os Inconquistados”. O filme posteriormente recebeu o título “Helen Keller e a sua História” que em 1955 ganhou o prémio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas como o melhor documentário de longa metragem do ano.

Durante toda a sua vida, Helen Keller gozou da amizade de personagens proeminentes do seu tempo, figuras famosas como: Grover Cleveland; Charlie Chaplin; John F. Kennedy; Katherine Corvell; Alexander Graham Bell entre outros.

De 1924 até à sua morte, foi membro “staff” da American Foundation for the Blind, onde trabalhou para o bem estar das pessoas cegas e surdo-cegas, comparecendo perante governos, dando conferências, escrevendo artigos e sobretudo, pelo exemplo pessoal do que uma pessoa severamente prejudicada pode alcançar.

http://www.es-sao-joao-estoril.com/alunoscegos/ficheiroshtml/keller.htm

• Destacar os aspectos positivos

A pessoa que está com uma baixa auto-estima tende a centralizar sua atenção apenas nos aspectos ruins dos acontecimentos. Se o seu patrão comenta as partes positivas e negativas de um projeto exposto, por exemplo, ela irá recordar e gravar apenas as avaliações desfavoráveis, deixando de lado os elogios. Ao focar sua atenção nos pontos favoráveis, sua percepção sobre o mesmo fato muda para muito melhor.

Numa empresa fabricante de sapatos, trabalhavam dois vendedores.
Um deles era otimista. O outro, pessimista. Ambos foram enviados a um longínquo país africano para investigar a possibilidade de vendas naquele local. Após certo tempo, o pessimista enviou um telegrama à empresa, dizendo:
- Más notícias. Aqui ninguém usa sapatos.
Ao mesmo tempo, o otimista enviou esta mensagem para a empresa:
- Boas notícias! Aqui ninguém usa sapatos!

Conclusão: o otimismo nos leva a encarar a vida positivamente, a "fazer das tristezas, riquezas a mais, e do pranto, uma canção". Já o pessimismo ele nos enfraquece interiormente, tornando mais difícil a solução dos problemas.

• Dedicar-se a causas nobres

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pelo neurocientista brasileiro Jorge Moll – atual Coordenador do Núcleo de Neurociência da Rede Labs-D’Or, acaba de comprovar, cientificamente, o que muitas pessoas já sabiam, ao menos, de forma intuitiva: fazer o bem faz bem, não só para quem recebe, mas também para quem realiza a ação. Além disso, a pesquisa revelou uma relação estreita entre atitudes consideradas altruístas (de fazer o bem ao próximo) e áreas cerebrais ligadas diretamente ao afeto e ao sentimento de pertencer a um grupo. A pessoas que se dedicam a atividades altruístas e ocupam o seu tempo com atividades gratificantes e instrutivas, como boas músicas, boas leituras e cursos de aperfeiçoamento se sentem mais satisfeitas consigo mesmas e desenvolvem uma auto-estima estável e elevada.

• Fazer ginástica

Várias pesquisas vêm demonstrando que aqueles que praticam esportes (com a permissão de seu médico) se sentem mais bonitos, capazes e independentes. Do ponto de vista psicológico a atividade física pode atuar como um catalisador de relacionamento interpessoal, produzindo agradável sensação de bem estar, estimulando a auto-estima pela superação de pequenos desafios e conseqüentemente diminuindo a depressão.

Honestidade

Outro item valoroso para a nossa autovalorização é a honestidade. E ela começa por sermos verdadeiros para com nós mesmos.

Conta-se que por volta do ano 300 A.C., na Pérsia, um príncipe da região norte do país estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria casar-se.
Sabendo disso, resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte e as que se achassem dignas da sua proposta.
Assim, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio.
Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que a sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
Ao chegar em casa, após relatar o facto à jovem, espantou-se ao saber que ela resolveu ir a celebração, e indagou incrédula:
- Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça. Eu sei que você deve estar a sofrer, mas não torne o sofrimento uma loucura.

A filha respondeu:
- Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca. Sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é a minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me faz feliz.

No dia da celebração a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de facto, as mais belas moças, com as mais belas roupas e as mais belas jóias, e com
as mais determinadas intenções.

No momento por todas ansiosamente esperado, o príncipe anunciou o desafio:

- Darei a cada uma de vocês uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.

A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos etc.

O tempo passou e a doce jovem, que não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois
sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor ela não precisaria preocupar-se com o resultado.

Passaram-se três meses e nada surgiu onde plantara a sua semente. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe a realização do seu sonho, mas cada vez mais profundo era o seu amor.

Por fim, os seis meses se passaram e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação aquela moça comunicou à sua mãe que, independente das circunstâncias, retornaria ao palácio, na data e hora
combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.

Na hora marcada, estavam lá ela e as demais pretendentes, só que o seu vaso estava vazio, e todas as outras pretendentes traziam uma flor, cada
uma mais bela do que a outra, e das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena.

Finalmente chegou o momento esperado e o príncipe observou o vaso de cada uma das pretendentes demonstrando muito interesse. Após passar por
todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica aquela bela jovem, filha da serva do palácio, como sua futura esposa.

As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia
cultivado. Então, calmamente, o príncipe esclareceu:
- Esta jovem foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar minha imperatriz: a flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.

Amor pelo trabalho

Todo trabalho que precisa ser feito é importante; não importa quão pequenino seja, alguém tem de fazê-lo. Haverá um trabalho maior do que o de ser professor, pai ou mãe? Todos os trabalhos benéficos são importantes perante Deus e a Humanidade. As sementes divinas se encontram em cada um de nós.

Assim, amar o que realizamos, usando a inteligência e a criatividade na busca de soluções, ter uma postura otimista diante das dificuldades do cotidiano, comunicar-se com eficiência e desenvolver os talentos pessoais são atitudes que nos valorizam e geram um ambiente de trabalho que impulsiona o sucesso e estimula as relações humanas.
Certa feita, um professor universitário levou seus alunos de sociologia às favelas de Baltimore para estudar as histórias de 200 garotos. Pediu a eles que redigissem uma avaliação sobre o futuro de cada menino. Em todos os casos, os estudantes escreveram: “Ele não tem chance alguma.” 25 anos mais tarde, outro professor de sociologia deparou-se com o estudo anterior. Pediu aos seus alunos que acompanhassem o projeto, a fim de ver o que havia acontecido com esses garotos. Com exceção de 20 deles, que haviam se mudado ou morrido, os estudantes descobriram que 176 dos 180 restantes haviam alcançado uma posição mais bem-sucedida do que a comum como advogados, médicos e homens de negócios.

O professor ficou estarrecido e resolveu continuar o estudo. Felizmente, todos os homens continuavam na mesma área, e ele pôde perguntar a cada um: “A quem você atribui o seu sucesso? Em todos os casos, a resposta veio com sentimento “A uma professora”.
A professora ainda estava viva; portanto, ele a procurou, perguntando à senhora idosa, embora ainda, ativa e lúcida, que fórmula mágica havia usado para resgatar esses garotos das favelas para um mundo das conquistas bem-sucedidas.
Os olhos da professora faiscaram e seus lábios se abriram num delicado sorriso.
- É realmente muito simples – disse ela. – Eu amava aqueles garotos.

Ao invés de tentar mudar as pessoas, ame-as, pois o amor é a única força capaz de transformar e aperfeiçoar os corações.
"O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem." Romanos 12:9
"Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros." Romanos 12:10

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