segunda-feira, 29 de março de 2010

Mater

Ei-la!...- senhora e serva, entre humana e divina,

Por mais a dor, por dentro, a espanque ou despedace,

Carreia a paz no gesto e o sorriso na face,

Fala e desvenda o rumo, abençoa e ilumina.


Anjo renovador, tem no lar a oficina,

Onde o serviço exclui todo prazer mendace,

Ao seu toque de luz, a esperança renasce,

Suporta, recompõe, trabalha, sofre, ensina.


Mãe, um dia, quis Deus mostrar-se à vida humana,

Fez-te santa e mulher, escrava e soberana,

Vinculada nos Céus, de homenagens prescendes!...


Deus se revela em ti, no amor alto e perfeito,

Por isso, trazes, Mãe, nos recessos do peito,
A ternura sem par e a bondade sem lindes.


Xavier, Francisco Cândido. Do livro: “Poetas Redivivos”. Ditado pelo Espírito Carlos Bittencourt.

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