Em verdade, aos olhos dos homens, o Messias expirara em aflitiva derrota.
Mestre – sofrera o abandono dos próprios discípulos.
Instrutor – fora esquecido de quantos lhe haviam recolhido a benção de luz.
Benfeitor – contara com o vilipêndio daqueles a quem ofertara alegria e compreensão.
Médico – surpreendera-se com as acusações dos próprios enfermos aos quais presenteara com os dons da saúde.
Amigo fiel de todos – fora por quase todos escarnecido.
Ainda assim, da cruz do suposto Grande Morto que soubera preparar-se para a morte, uma luz nova brotou na ressurreição para a Humanidade terrestre.
Depois da mensagem de confiança que o triunfo sobre a morte lhe carreou para as criaturas da Terra, as algemas da escravidão foram dissolvidas ao calor da justiça, a caridade ergueu templos de amor sobre os pântanos da crueldade, o clarão da fé superou as trevas do dogmatismo para desvelar infinitos horizontes no Céu e a fraternidade inflamou lumes de esperança em todos os caminhos do Globo, para que os homens se façam verdadeiros irmãos!
Não nos esqueçamos de que o Grande Ressuscitado, não é tão-somente o salvador gratuito que nos estende socorro nas provações que nos burilam a alma.
É também, no mundo, o Mestre da Vida, ensinando-nos, com a experiência de cada dia, a ciência da morte, pela qual poderemos atingir, com Ele, a vitória da ressurreição.
Xavier, Francisco Cândido. Da Obra: “Abrigo”. Ditado pelo Espírito Emmanuel.
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