- “Enfim” – clamou Nico Alceu
ante o Grupo e o Dirigente –
“Conforme a nota dos Guias
Serei médium claramente.”
E acrescentou, exaltado,
- “Servir em quaisquer recantos!...
Esse é o meu grande ideal,
Mas não serei como tantos...
Já conheci vários médiuns,
Atuando em nossa estrada,
Começaram em promessas
E muita fanfarronada.
Planejaram grandes obras,
Assumindo compromisso,
Mas fugiram, de repente,
De todo e qualquer serviço...
Trocaram ação e luz por prazer;
Foram eles desertores
Que nunca pude entender...
Eu, porém, quero trabalho,
Em favor dos desvalidos,
Sem cansar-me de atendê-los
Nos mais estranhos pedidos...
Terei o meu lar aberto,
No amor à mediunidade
A todos os que precisem
De paz e de caridade.”
No outro dia, ei-lo em tarefa,
Verbo calmo e gesto brando...
Falava por ele um Guia
E o pessoal foi chegando...
Inspirava compaixão
Ver tantas provas e crises!...
O médium modificou-se,
Diante dos infelizes.
Estava desencantado,
Falava com rispidez,
Sofredores que chorassem
Com ele não tinham vez.
Passadas quatro semanas,
O Diretor descontente,
Recebeu dele uma carta,
Dizia achar-se doente.
Em vão, buscaram amigos
Visitar o irmão Alceu...
Mudara o médium de Vila,
Nunca mais apareceu.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: “Agência De Notícias”. Ditado pelo Espírito Jair Presente.
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