segunda-feira, 29 de março de 2010

Promessa e Mudança

- “Enfim” – clamou Nico Alceu

ante o Grupo e o Dirigente –

“Conforme a nota dos Guias

Serei médium claramente.”


E acrescentou, exaltado,

- “Servir em quaisquer recantos!...

Esse é o meu grande ideal,

Mas não serei como tantos...


Já conheci vários médiuns,

Atuando em nossa estrada,

Começaram em promessas

E muita fanfarronada.


Planejaram grandes obras,

Assumindo compromisso,

Mas fugiram, de repente,

De todo e qualquer serviço...


Trocaram ação e luz por prazer;

Foram eles desertores

Que nunca pude entender...

Eu, porém, quero trabalho,


Em favor dos desvalidos,

Sem cansar-me de atendê-los

Nos mais estranhos pedidos...

Terei o meu lar aberto,


No amor à mediunidade

A todos os que precisem

De paz e de caridade.”

No outro dia, ei-lo em tarefa,


Verbo calmo e gesto brando...

Falava por ele um Guia

E o pessoal foi chegando...


Inspirava compaixão

Ver tantas provas e crises!...

O médium modificou-se,

Diante dos infelizes.


Estava desencantado,

Falava com rispidez,

Sofredores que chorassem

Com ele não tinham vez.


Passadas quatro semanas,

O Diretor descontente,

Recebeu dele uma carta,

Dizia achar-se doente.


Em vão, buscaram amigos

Visitar o irmão Alceu...

Mudara o médium de Vila,

Nunca mais apareceu.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: “Agência De Notícias”. Ditado pelo Espírito Jair Presente.

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