Deus nos livre de cair
Nos esculachos da rua,
Dos grudes e dos apertos
De quantos entram na pua;
Da jogada que nos faça
Tombar em vexame ou fria,
De tomar um pilecão,
Tendo a barriga vazia;
De dar uma paquerada
Sem apoio no dendém,
De companheiro fajuto
Que faz que vem mas não vem;
De viver em caixa-baixa,
Caindo pelas tabelas,
De gatinhas enturmadas
Sem sabermos quem são elas;
De festanças e garrafas,
Onde há gente de nota,
De gaturamo enrustido
Que nos desonra a patota;
De congesta e de chupão,
De caboclo mamador,
Da pessoa de mão grande
De trombada e suador...
Não sei escrever de letra,
Nem orar, como e nem quando!...
Ouça, meu Deus, o que sinto
E não o que estou falando...
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: “Agência De Notícias”. Ditado pelo Espírito Jair Presente.
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