quinta-feira, 25 de março de 2010

Perdoa-te

E A palavra evangélica adverte que se deve ser indulgente para com as faltas alheias e severo em relação às próprias. Somente com uma atitude vigilante e austera no dia-a-dia o homem consegue a auto-realização. Compreendendo que a existência carnal é uma experiência iluminativa, é muito natural que diversas aprendizagens ocorram através de insucessos que se transformam em êxitos, após repetidas, face aos processos que engendram. A tolerância, desse modo, para com as faltas alheias, não pode ser descartada no clima de convivência humana e social. Sem que te acomodes à própria fraqueza, usa também de indulgência para contigo. Não fiques remoendo o acontecimento no qual malograste, nem vitalizes o erro através da sua incessante recordação. Descobrindo-te em gravame, reconsidera a situação, examinando com serenidade o que aconteceu, e regulariza a ocorrência. És discípulo da vida em constante crescimento. Cada degrau conquistado se torna patamar para novo logro. Se te contentas, estacionando, perdes oportunidades excelentes de libertação. Se te deprimes e te amarguras porque erraste, igualmente atrasas a marcha. Aceitando os teus limites e perdoando-te os erros, mais facilmente treinarás o perdão em referência aos demais. Quando acertes, avança, eliminando receios. Quando erres, perdoa-te e arrebenta as algemas com a retaguarda, prosseguindo. O homem que ama, a si mesmo se ama, tolerando-se e estimulando-se a novos e constantes cometimentos, cada vez mais amplos e audaciosos no bem.


Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Filho de Deus. Ditado pelo Espírito Joanna de Angelis

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