quinta-feira, 25 de março de 2010

Menina-Mãe

Muitas vozes se levantam para acusar-te, extrapolando o teu comportamento, quando trocaste a boneca de sonhos pelo filho de carne.

As acusações te acoimaram, porque, na ignorância da tua juventude, concebeste em período inapropriado.

A indiferença e o deboche caíram sobre ti, porque te fizeste mãe, sem nenhum preparo para o ministério.

Sentes o peso do novo compromisso e sofres o sarcasmo no lar, o abandono do companheiro acovardado e também jovem que foge, deixando-te crucificada nos braços frágeis do filhinho que te pede proteção.

Se houvesses sido orientada em tempo e a dissolução dos costumes não se fizesse tão corriqueira, certamente não te encontraria nessa situação.

E verdade que não tens nenhuma estrutura para sustentar o anjo que se encarcerou no corpo frágil e depende de ti, que és também dependente de outros.

Não te desesperes, porém.

Apesar da tua imprevidência tiveste força para não matar, quando outros mais idosos e mais experientes abortam cruelmente.

Conseguiste resistir às pressões para o crime de infanticídio, e essa coragem ajuda-te a resgatar a precipitação leviana. Não será fácil o curso dos teus futuros dias. No entanto, se perseverares amando o filhinho, ele te ensinará a crescer e a amadurecer, e Deus te enviará socorro hábil para que te faças mãe venturosa e triunfante. Menina-Mãe!
Quando as dificuldades te assaltarem e experimentares desesperação, acalma-te e refugia-te na prece, suplicando a Maria, a Mãe Santíssima da Humanidade, que te ajude a levar o filhinho indefenso até à Glória Solar, coroando-te de paz após a luta vencida. Deus te abençoe, menina-mãe em todos os dias da tua vida, particularmente no Dia das Mães!


Franco, Divaldo Pereira. Ditado pelo espírito Amélia Rodrigues.

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