quinta-feira, 25 de março de 2010

Carta às Mães

Minha irmã, se Deus te deu

A luz da maternidade,

Deu-te a tarefa divina

De renúncia e da bondade.

Busca imitar no caminho

A Rosa de Nazaré,

Irradiando o perfume

De amor, de humildade e fé.

Lembra sempre em tua estrada,

Que a paz de tua missão

É feita dessa ternura

Que nasce do coração.

Contempla em cada filhinho

Um luminoso sorriso

Da alegria dolorosa

Que te leva ao paraíso.

Porque, ser mãe, minha irmã,

É ser prazer sobre as dores,

É ser luz, embora a estrada

Tenha sombras e amargores.

Ser mãe é ser energia

Que domina os escarcéus.

É ser nas mágoas da Terra

Um sacrifício dos céus.

Pensa nisso e não duvides

Da grande misericórdia,

Que te deu na senda escura

A lâmpada da concórdia.



Ouve ainda. Tem cuidado

Com o teu próprio coração.

Não deixe que se transforme

O teu amor em paixão.

Muita vez, a mãe terrestre

Em vez de salvar, condena,

Porque do amor que redime

Faz a paixão que envenena.

Há muitas mães nos Espaços

Chorando na desventura,

Os perigosos desvios

De sua imensa ternura.

Ama o filho de outra mãe

Qual se fora teu também,

E estarás santificando

Teu lar nas luzes do Bem.

Castiga amando o teu filho

Em teu carinho profundo.

Prefere o teu próprio ensino

Às tristes lições do mundo.

Recorda que está contigo

A missão de renovar,

De corrigir perdoando,

De esclarecer e ensinar.

Nos teus exemplos repousa

A esperança do senhor,

Que há de salvar este mundo

por meio de teu amor.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: cartas do Evangelho. Ditado pelo espírito casimiro Cunha.

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