quinta-feira, 25 de março de 2010

O Evangelho e a Mulher

"Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo"
Paulo. (Efésios, 5:28.)



Muita vez, o apóstolo dos gentios tem sido acusado de excessiva severidade para com o elemento feminino. Em alguns trechos das cartas de que dirigiu às igrejas, Paulo propôs medidas austeras que, de certo modo, chocaram inúmeros aprendizes. Poucos discípulos repararam, na energia das palavras dele, a mobilização dos recursos do Cristo, para que se fortalecesse a defesa da mulher e dos patrimônios de elevação que lhe dizem respeito.

Com Jesus, começou o legítimo feminismo. Não aquele que enche as mãos de suas expositoras com estandartes coloridos das ideologias políticas do mundo, mas que lhes traça nos corações diretrizes superiores e santificantes.

Nos ambientes mais rigoristas em matéria de fé religiosa, quais o do Judaísmo, antes do Mestre, a mulher não passava de mercadoria condenada ao cativeiro.
Vultos eminentes, quais Davi e Salomão, não conseguiram fugir aos abusos de sua época, nesse particular.

O Evangelho, porém, inaugura nova era para as esperanças femininas. Nele vemos a consagração da Mãe Santíssima, a sublime conversão de Madalena, a dedicação das irmãs de Lázaro, o espírito abnegado das senhoras de Jerusalém que acompanham o Senhor até o instante extremo. Desde Jesus, observamos crescente respeito na Terra pela missão feminil. Paulo de Tarso foi o consolidador desse movimento regenerativo. Apesar da energia áspera que lhe assinala as palavras, procurava levantar a mulher da condição aviltada, confiando-a ao homem, na qualidade de mãe, irmã esposa ou filha, associada aos seus destinos e, como criatura de Deus igual a ele.


Xavier, Francisco Cândido. Da Obra: Pão Nosso. Ditado pelo Espírito Emmanuel.

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