quinta-feira, 25 de março de 2010

Agradeço

Agradeço, Mãezinha, tudo o que me ofertas,

Desde o sono do berço e as canções de ninar,

Aos problemas da vida, ante as horas incertas,

Entre as provas do mundo e as carícias do lar.

Agradeço-te as mãos, a zelarem por tudo,

Nos recursos do pão, ao Sol de cada dia,

E no amparo da veste a servir-me de escudo,

A fim de que eu vencesse o vento e a noite fria.

Agradeço a oração, com que me deste à infância

O respeito à existência e a fé que me avigora...

Terna visão do Céu que relembro à distância,

No trabalho constante em que me vejo agora.

Agradeço-te, oh! Mãe, a proteção e a escola

Do teu mundo de amor que até hoje me alcança...

Melodia interior que me anima e consola,

Refazendo-me o ser no clima da esperança.

Agradeço o silêncio e o carinho incessantes

Com que buscas não ver meus enormes deslizes

E o teu claro perdão de todos os instantes,

Quando o erro me aponta as horas infelizes.

Mas acima dos dons de tanto reconforto,

Trago-te, em luz mais alta, a flor da gratidão,

Porque não me atiraste ao desprezo do aborto

E guardaste-me em Deus no próprio coração.



Xavier, Francisco Cândido. Ditado pelo espírito Maria Dolores.

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