Reparaste-me os erros, no entanto, peço que me mostre o caminho para que eu venha trilhá-lo.
Acordei para o bem, sonhando servi-lo com finalidade e pureza, contudo, numerosos quadros da vida anuviaram-me o coração.
Segui amigos que me traçaram rotas de luz, enredando-se nas armadilhas da sombra.
Induziram-me à abnegação e ao despreendimento, disputando as posses da Terra.
Aconselhavam-me à ajuda sem recompensa, agarrando-se ao próprio interesse.
Chamavam-me à humildade, exaltando a si mesmos.
Quantos falaram de tolerância e de paciência!
Trazidos, porém, à hora do sacrifício derramavam-se azedume e pessimismo como se trouxessem no peito um vaso de fogo e fel.
Por isso, muitas vezes, tenho desorientação instalada em minh'alma.
Sei que meus modos te ferem, que as minhas palavras te afligem... Ainda assim, perdoa-me para que te possa compreender.
Não te busco a proteção como quem reclama.
Todavia, não me fales apenas.
Ensina-me como devo fazer.
Xavier, Francisco Cândido. Da Obra: "Ideal Espírita". Ditada pelo Espírito Meimei.
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