domingo, 28 de março de 2010

Canteiro de Rimas

Quem ama não desanima.

Por mais dor na alma sincera,

O amor se faz esperança

Onde a razão desespera.


Avarento – homem sozinho

Que não ajuda a ninguém,

Reduzido a carcereiro

De toda a prata que tem.


Aviso da experiência

Que não se deve omitir:

Quem descobre a ingratidão

Não desejava servir.


Fortuna é uma deusa antiga

Que só defende e tutela

Quem sabe tê-la, servindo,

Mas trabalhando sem ela.


Fraternidade real

É luz de Deus na pessoa;

Jamais condena, auxilia...

Não censura, aperfeiçoa...


A vida é longa viagem

Que se faz, de prova em prova...

Em toda estrada que finda,

Começa uma estrada nova.


Quanta gente chora rindo,

Soluçando a gargalhar!...

Onda rendada na areia

Não mostra o fundo do mar.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: “Mais Vida”. Ditado pelo Espírito Benedito Candelária Irmão.

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