sábado, 27 de março de 2010

Pensamento e Conduta

Tema – Vontade no Plano Mental



Nem sempre estamos habilitados a eleger o nosso ambiente mais íntimo, na experiência cotidiana.

Às vezes, somos constrangidos a suportar certos quadros de luta ou partilhar o convívio de pessoas que não nos afinam com a maneira de ser, em razão dos compromissos que trazemos de existências passadas.

Entretanto, em qualquer situação, somos livres para escolher os nossos pensamentos.

Cada inteligência emite as idéias que lhe são peculiares, a se definirem por ondas de energia viva e plasticizante, mas, se arroja de si essas forças, igualmente as recebe, pelo que influência e é influenciada.

Ainda mesmo por instantes, toda criatura, ao exteriorizar-se, seja imaginando, falando ou agindo, em movimentação positiva, é um emissor atuante na vida, e, sempre que se interioriza, meditando, observando ou obedecendo, de modo passivo, é um receptor em funcionamento.

Aqueles que se desenvolveram mentalmente, atingindo a esfera das criações sugestivas, assumem o papel de orientadores, adquirindo responsabilidades mais vastas pela facilidade com que articulam programas de rumo para os outros.

Cada qual expõe o que pensa pelo esforço que realiza: o cientista pela obra a que se consagra, o professor pelo que ensina, o escritor pelo que escreve, o comentarista pelo que fala, o artista pelo trabalho em que se revela.

Analisemos, assim, aquilo que nomeamos como sendo nosso “estado de espírito”.

Tensão, dúvida, angústia, irritação, otimismo, coragem, confiança ou alegria são frutos de nossa preferência no mercado gratuito das idéias, de vez que o fio invisível de nossas ligações com o bem ou com o mal parte essencialmente de nós.

Convençamo-nos de que a nossa mente possui muita coisa de comum com o aparelho radiofônico.
Emissões construtivas ou deprimentes, significando a carga sutil de sugestões boas ou más que aceitamos de companheiros encarnados ou desencarnados, alcançam-nos incessantemente e podem alternar-nos o modo de ser, mas não podemos olvidar que a nossa vontade é o sintonizador.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Encontro Marcado. Ditado pelo Espírito Emmanuel.

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